sábado, 12 de janeiro de 2013

Devagar se vai ao longe...


Esta semana recebi um e-mail, aparentemente daqueles que temos tendência a apagar em menos de 10 segundos, com ar de coisa esotérico-espiritual, que te vai amaldiçoar para toda a vida caso não o passes a 10 amigos... Mas este acabou por me despertar a atenção e a curiosidade em ler até ao fim. Depois de uma pesquisa feita na net, percebi que a mesma ideia pode ser encontrada em vários sites que falam deste tema.

E a mensagem tinha a ver com uma tendência emergente chamada “Slow Down”, que bebeu inspiração num outro movimento designado "Slow Food", com origem na Itália e já com ramificações em França, Espanha e noutros países (Slow Food International Association).

Passo a destacar alguns dados/aspetos mais relevantes (nota: não fui confirmar se estas informações e dados são cientificamente corretos e comprovados, ok? Fica a ressalva.)

O que o Slow Food preconiza  é que se deve comer e beber com calma, dar tempo para saborear os alimentos, desfrutar da sua preparação, em família, com amigos, sem pressa e com qualidade, funcionando como um contrapondo do espírito do "Fast Food" e o que ele representa.

Isto porque, como consequência do estilo de vida dos tempos "modernos", proliferam as doenças causas por uma má alimentação, pelo stress e pelo facto de se viver em permanente angústia por nunca se ter tempo suficiente para cumprir toda a "to do list", e porque isso nos faz constantemente ir adiando experiências gratificantes para um hipotético momento futuro, que nunca se alcança.

A base desta nova "filosofia de vida" do Slow Down, está em evitar-se a "pressa" e a "loucura" geradas pela globalização e pelo desejo de "ter em quantidade" (nível de vida). Devemos, por isso, focar-nos no "ter em qualidade" (qualidade de vida/qualidade do "ser"). 

Segundo a Business Week, os trabalhadores  franceses, ainda que trabalhem menos horas (35 horas por semana) são mais produtivos que os seus colegas americanos e ingleses. E os alemães, que em muitas empresas já implementaram a semana de 28,8 horas de trabalho, viram a sua produtividade aumentar uns apreciáveis 20%. 

Portanto, esta "atitude sem pressa" não significa fazer menos nem ter menor produtividade. Significa isso sim:

trabalhar e fazer as coisas com mais produtividade e, acima de tudo, mais qualidade, com maior perfeição, com atenção aos detalhes. 
um ambiente de trabalho com menos pressão e stress, mais alegre, mais leve, onde as pessoas realizam, com prazer, o melhor que sabem fazer.
retomar os valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do quotidiano, da simplicidade de viver e conviver, e até da religião e da fé.
retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do prazer do ócio e da vida em comunidade.

Já diz o antigo ditado que "A pressa é inimiga da perfeição", por isso vamos lá a "slow it down", OK? 

Fica a reflexão.

Vemo-nos por aqui. ;-)

2 comentários:

  1. Querida Inês,

    Não podia concordar mais. Li no outro dia uma citação de um oncologista que me pareceu muito acertada: "A nossa alimentação é a nossa quimioterapia 3x por dia". E de facto assim é... o que comemos determina brutalmente a nossa saúde, não apenas em situações extremas (como o cancro) mas naquelas que não matam mas moiem (as úlceras, gastrites, afins...).
    Quando ao slow down no ambiente de trabalho... todos nós podemos contribur para um ambiente de trabalho com menos pressão e stress, mais alegre, mais leve, como tu dizes. Às vezes basta pensar num gesto smpático para ter com um colega de trabalho, que lhe arranque um sorriso e nos faça sentirmo-nos também melhores com nós próprios...e a maior parte das vezes isso custa tão pouco e enche-nos o coração! :)

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