domingo, 13 de outubro de 2013

A menina que nada teme e só quer aprender


Há pessoas tão grandiosas que nos fazem sentir um grão de areia no deserto. São uma espécie de diamante em bruto, daqueles tão raros que só aparecem de tempos a tempos. A sua beleza é imensa e o seu valor é incomensurável. E assim é Malala Yousafzai.

Confesso que nunca tinha ouvido falar dela a não ser quando, na semana passada, se começou a falar sobre os candidatos ao Nobel da Paz. A sua determinação e, acima de tudo, juventude, fizeram com que quisesse saber mais sobre esta pequena "guerreira".

Malala passou a ser conhecida quando começou a escrever um blogue para um serviço da BBC, apenas com 11 anos. No blogue descrevia a vida no Swat, a região do Paquistão onde vivia, e que se encontrava sob o domínio dos talibãs.

As denúncias que trouxe "a lume" relataram uma opressão brutal e sangrenta, com todos os que se opunham às regras impostas a serem mortos, publicamente espancados, as mulheres proibidas de ir ao mercado, as raparigas impedidas de ir à escola e as próprias escolas destruídas.

Quando o exército lançou uma ofensiva para afastar os talibãs, Malala conseguiu fugir com a família, liderada pelo seu pai, diretor de uma escola e também ele ativista pró-educação.

Em outubro do ano passado, os talibãs enviaram dois homens para a assassinar, quando seguia no autocarro da escola. A jovem paquistanesa foi alvejada na cabeça, ficando com ferimentos graves no rosto. Foi assistida medicamente no Reino Unido e após um período de longa recuperação conseguiu sobreviver e ultrapassar o atentado, transformando o seu medo pelos opressores em força para lutar pela educação das raparigas, usando o conhecimento e a paz como armas contra a violência e a intolerância.

De lá para cá tem feito ouvir a sua voz e a sua mensagem. Em julho foi aplaudida de pé na Assembleia Geral das Nações Unidas, ganhou o prémio Sakharov pela Liberdade de Pensamento atribuído pelo Parlamento Europeu, recebeu o primeiro prémio nacional de paz atribuído pelo Governo paquistanês e foi nomeada para o Prémio Internacional de Paz para as Crianças. É admirável como alguém de aspeto aparentemente frágil e delicado, parece ter força para mover montanhas.  

A distinção da academia sueca não lhe bateu à porta desta vez (foi para a Organização para a Proibição de Armas Químicas) mas estou certa que isso vai acontecer, mais cedo ou mais tarde. Assim ela tenha a sorte de a sua voz não ser silenciada por aqueles que diz terem medo do conhecimento...

Que este diamante se mantenha assim, puro, impenetrável e iluminando o mundo com o seu brilho.

Vemo-nos por aqui. 


Vídeos:
Nações Unidas - Assembleia da Juventude
Entrevista no Daily Show

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Atualização pós publicação
No dia 10/10/2014 o presidente do Comité Norueguês do Nobel, Thorbjoern Jagland, divulgou a atribuição do Prémio Nobel da Paz  à ativista paquistanesa Malala Yousufzai e ao indiano Kailash Satyarthi, e afirmou que "as crianças têm de ir à escola e não podem ser financeiramente exploradas". O prémio foi atribuído aos dois ativistas "pela sua luta contra a repressão de crianças e jovens e pelo direito de todas as crianças à educação".

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A Teoria da Relativização




E como passar da teoria à prática?

Como conseguir "dar a volta" e ver as coisas más (ou menos boas) que nos acontecem com uma perspetiva positiva? O que podemos aprender com elas? Ou então, e melhor ainda, como conseguir reduzi-las à insignificância que elas devem ter e concentrar os esforços no ultrapassar do desafio?

Relativizar ajuda-nos a pesar os problemas. Serão assim tão grandes? Serão assim tão graves? Daqui a  6 meses, um ano, terão alguma importância? Provavelmente se os analisarmos "ao microscópio", no final do dia são apenas grãos de areia minúsculos ou até ridículos.

Relativizar é por isso a ideia chave, a atitude essencial para sobrevivermos à tempestade e não nos afogarmos num mar de stress e ansiedade. 

E como é habitual, lá andei eu nas minhas pesquisas sobre os temas que me ocupam a mente. E como sempre descobri alguns bons conselhos.

Para que o processo de salvação de nós mesmos funcione, é imprescindível agir. Agir em relação a nós próprios e à forma como levamos a vida. Fazendo algo pelo nosso bem estar, todos os dias. Simplificando os processos. Afastando os pensamentos paralisantes da nossa ação. Anulando as ideias de medo. Preocupando-nos menos com o que os outros querem ou pensam.

Então, o que nos falta? Na maioria das vezes, autodisciplina (ui, nem me lo digam...). Sem ela será impossível atingirmos objetivos, por muito bem definidos que eles possam estar. Porque a autodisciplina é também geradora de energia de mudança, fazendo nascer em nós a vontade de conseguir, mesmo quando sentimos poucas forças para fintar o adversário, seguir em frente em direção à baliza e marcar.

Ora recapitulando, ideias a ter sempre em mente (acho que vou imprimir isto em grande formato...):
- Deixar o trabalho no escritório (física e mentalmente)
- Desfrutar os momentos bons (férias, convívio com amigos, namorar, etc.)
- Aprender a dizer que não
- Aprender a delegar
- Não adiar a resolução dos problemas 
- Focar no que é melhor para nós
- Pensar com lógica (analisar, prioritizar, simplificar, etc.)
- Melhorar a auto-estima e auto-confiança
- Definir os nossos objetivos e prioridades de vida.

Se souberem de uma maneira mais fácil, avisem!

Vemo-nos por aqui. ;D

Bora lá passar da teoria à prática

Photo Credit: Daniel Olah on Unsplash De há uns  largos  meses a esta parte que estou determinada em implementar na minha/nossa vida alg...