sábado, 9 de março de 2019

Assim vai a vida no campo


Faz sete meses que deixámos a cidade e viemos, de "armas e bagagens" (mais bagagens na verdade), para o campo.

Como tinha partilhado no último post, as motivações foram várias, mas acima de tudo o objetivo de ter uma vida mais calma, mais preenchida, mais feliz.

O balanço até agora é sem dúvida positivo, e sei que, à medida que formos fazendo o caminho que temos traçado, ele será cada vez mais compensador.


Tivemos direito a uma receção oficial de boas vindas, ainda andávamos nós em modo de "Querido mudei a casa", entre tintas e caixotes. Foi um gesto muito querido e comovente da família alenquerense, com direito a lagriminha e tudo.

As viagens de ida e volta para Lisboa, que era o tema mais assustador, não têm sido dramáticas. Consigo ir por a Rita todos os dias à escola e demoro cerca de 45 minutos a chegar ao trabalho. De manhã, vou entretida com as palhaçadas das manhãs da Comercial, e à tarde, já mais na fase de descompressão do dia, aproveito a duração da viagem para alguma reflexão e desenvolvimento pessoal, a ouvir os meus podcasts favoritos (depois faço um post só sobre isto).

No final do dia, sabe bem voltar à simplicidade da terrinha. Sinto quase como se fosse uma espécie de amiga, que me recebe com um abracinho reconfortante e uma manta fofinha e um chá quentinho, que me acalma e aquece o coração.

A Rita integrou-se na perfeição na nova escola. Pode agora andar sempre com os primos que adora. Tem novos amigos de quem gosta e que gostam dela. Foi eleita delegada de turma. As notas têm sido boas. Anda na catequese. Já é uma orgulhosa escuteira. Sente-se feliz e preenchida. Não podia pedir mais.

As pequeninas, como já estavam na escola cá de Alenquer, continuam alegres e contentes, agora ainda mais com o priminho mais novo na mesma turma. Já falam com algum sotaque e usam expressões cá da terra. Têm uma casa no pátio. Vão ao parque mais vezes. Dão pão aos vizinhos 
patos. Estão sempre a perguntar "onde vamos hoje?". Já definiram tudo o que querem nos seus quartos novos.

A nossa futura casinha está nos finalmentes da fase do papel, mas já lá vamos para apanhar laranjas e sonhar com os dias em que vamos estar a desfrutar dela e do nosso jardim. As miúdas a brincar livremente. E eu, na cama de rede, a ler um livro ou a dormitar, a ouvir o som dos pássaros e a ver a vista do rio, lá em baixo (suspiro de felicidade...).

O Pedro está literalmente a jogar "em casa", e por isso também feliz obviamente, tirando quando fica com a cabeça em água de aturar as miúdas todo o dia, principalmente quando chego a casa mais tarde.

As coisas são globalmente mais baratas e há por aqui de tudo. É mais fácil tratar de questões logístico-administrativas, porque há sempre menos gente ou conhece-se sempre alguém.

Tenho feito alguma bricolage (depois faço um post também sobre isto) e caminhadas, sozinha ou com as primas, mas parei quando o tempo começou a ficar mau. Sem dúvida que é para retomar ambas, agora que os dias estão a ficar melhores, porque são um bom remédio para o corpo e a mente. 

Os fins de semana agora parecem mais longos, porque começam logo à 6ª feira, muitas vezes com um jantar de primos ou amigos. Fazemos mais coisas e convivemos mais.

E em resumo, são as novidades dos últimos tempos.

É boa a vida no campo, sem dúvida, e recomenda-se. 

Vamo-nos vendo por aqui. :D

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Vídeo »» "Alenquer, um mundo a descobrir às portas de Lisboa!" by CM Alenquer


2 comentários:

  1. Como te percebo!!!!
    Bjinhos e manda um abraço ao Pedro.

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  2. Estou à esperado convite para a inauguração! 😘 Felizes

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