segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Dolce far niente

Os italianos utilizam a expressão para designar uma suave indolência ou o "doce fazer nada". Há quem ache que é sinónimo de apatia, inércia ou preguiça, e que é coisa de quem gasta o tempo inutilmente. Confesso que quando me deixo "contagiar" por esta doce letargia, por vezes também sou assolada por um diabinho que me sussura à orelha a dizer que podia estar a aproveitar o tempo para fazer alguma coisa de produtivo. Mas rapidamente lhe mando um piparote para que vá infernizar a consciência de outro qualquer.

Nos dias que correm, e falando do meu caso em particular, o constante corropio dos dias, que nos faz entrar em modo "autómato" e quase nem nos dá tempo para parar para respirar ou pensar sobre as coisas, tem-me levado cada vez mais a procurar estes pequenos "retiros espirituais" low cost, que é como quem diz, "vegetar", sempre que possível, e mesmo que sem sair de casa, para retemprar as forças, do corpo e da mente.

E que bem que sabe darmo-nos ao pequeno luxo de tirar uns dias, ou pelo menos algumas horas para não fazer nada ou praticamente nada, e esquecer por momentos os outros, as preocupações do emprego, a organização da casa, e conseguirmos focar-nos simplesmente em nós. 

São nestes momentos que gosto de aproveitar para fazer as coisas simples da vida que nos dão mais prazer, como ler um bom livro, escrever no blog, descobrir coisas interessantes na net, ver aquele filme que andava há tempo para ver (enroscada no sofá a comer pipocas), ou simplemente ficar quieta a pensar para com os nossos botões (de preferência sem a Rita a chamar por mim), dormir a sesta, apanhar sol na varanda ou ver o pôr do sol a beber um chá quentinho acompanhado de uma fatia de bolo acabado de sair do forno...

Ai como é bom o "doce fazer nada"... Eu diria que é coisa para nos dar mais uns aninhos de vida...

Vemo-nos por aqui. ;-)

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