No outro dia fomos a um restaurante muito simpático, daqueles com um ambiente acolhedor e descontraído, onde apetece estar.
Fomos recebidos pelo dono/responsável (deduzimos nós, pela forma como comandava as hostes). A servir os restantes clientes estavam mais duas pessoas: um rapaz e uma senhora já mais "entradota" (claramente os empregados), para além das senhoras da cozinha.
A refeição correu bem, a comida era boa, mas a certa altura comecei a ficar incomodada pela maneira como o suposto dono interagia com os empregados. A forma ríspida e quase agressiva de "inquirir" sobre as tarefas: "já fizeste isto?, já fizeste aquilo?..."porque é que ainda não foram os cafés para a mesa 3...", o abanar de cabeça, o falar alto para dentro da cozinha a perguntar pelos pratos que demoravam...do outro lado observava a forma subalterna e stressada como os empregados andavam de um lado para o outro, tal qual formiguinhas apressadas, a esforçar-se por tentar "estar à altura" das exigências...
E a situação começou a complicar-me com os nervos, até por oposição à forma como o "senhor" tratava os clientes. Deu pena pensar que as pobres criaturas passam o dia/mês debaixo daquela pressão, claramente em nada contribuindo para que o trabalho corra melhor, antes pelo contrário...
E isso fez-me refletir sobre como a forma como tratamos os outros, é efetivamente um espelho daquilo que é a nossa essência e que o respeito deve ser sempre a base de tudo, quer seja numa relação profissional/hierárquica, pessoal ou mesmo com alguém que acabámos de conhecer ou com quem apenas nos cruzámos na rua.
Acredito sinceramente que só temos a ganhar com isso (e esforço-me por o aplicar na prática), porque mesmo que não o façamos com uma perspetiva de interesse futuro, mais cedo ou mais tarde, o efeito boomerang que às vezes parece dar-se no "universo", vai certamente jogar a nosso favor.
Vemo-nos por aqui. ;D
Esta historinha retrata muito bem que devemos respeitar sempre a maneira de pensar de todos os povos, de todas as pessoas:
ResponderEliminar"Um homem estava colocando flores no túmulo de um parente, quando vê um chinês deixando um prato de arroz na lápide ao lado. Ele se vira para o chinês e pergunta:
Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o seu defunto virá comer o seu arroz?
E o chinês responde: “ Sim, quando o seu vier cheirar as suas flores..."
(Marcial Salaverry)
Boa semana!
Igualmente.
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