domingo, 18 de janeiro de 2015
E pronto....tudo o que é bom acaba rápido.
"Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida" - veio-me à cabeça esta música do Sérgio Godinho ao pensar no meu dia de amanhã.
Depois de mais de um ano ausente do trabalho, entre baixa, licença de maternidade e férias, amanhã será o meu regresso "ao batente". Agora que a nossa família está completa, este regresso assinala uma nova fase da nossa vida, onde passei de mãe de filha única a mãe de uma família numerosa, com tudo o que isso implica.
Posso dizer que neste momento os meus sentimentos saltitam entre um misto de saudade dos desafios do trabalho e a ansiedade/nervoso miudinho por voltar à rotina e ao stress que lhe é tão característico, tendo de gerir o tempo, que é sempre pouco, ainda para mais agora partilhado com mais dois pequenos seres que dependem tanto de mim.
Como é natural, estou também já a sofrer da lamechice de mãe que vai ter de deixar as suas crias, que tendo agora já 7 mesinhos, começam a interagir mais com tudo o que as rodeia e a fazer aquelas gracinhas adoráveis típicas da idade, que ninguém quer perder. Consola-me e deixa-me mais descansada o facto de saber que vamos poder mantê-las em casa por mais uns tempos, onde ficam mais resguardas, confortáveis e com mimo em exclusividade, que não aconteceria se tivessem de ir para o infantário. Mal posso esperar para chegar a casa e voltar para os seus deliciosos sorrisos e abracinhos...
Este precioso tempo que tive, e que não volta mais (sim porque 3 filhas já chega bem, bolas!) foi vivido com muito trabalho, noites mal dormidas e agitação, mas felizmente com paz de espírito. Foi muito diferente da experiência que tive na licença de maternidade da Rita, em que o alívio foi grande quando fui trabalhar, porque me sentia muitas vezes à beira da total exaustão física e mental (ter de tratar 24h/dia de um bebé chorão dá cabo de qualquer um...). Nesta 2ª ronda foi por isso decisiva a ajuda que tive e vou continuar a ter com as miúdas, fundamentais para uma mãe conseguir ter tempo para espairecer, tratar de si e manter a sanidade mental. Sinto-me privilegiada por isso.
E pronto...costuma-se dizer que "o que não nos mata torna-nos mais fortes", por isso espero que esta minha nova condição de mãe de gémeos me dê a endurance e capacidade de relativização necessária para manter a calma e a atitude sempre positiva nos próximos tempos, que se avizinham mais desafiantes do que nunca.
Mas a vida é isso mesmo, um desafio atrás do outro, por isso, venham eles!
Vemo-nos por aqui ;D
P.S. - Wish me luck!
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