sábado, 15 de junho de 2019

Bora lá passar da teoria à prática

Photo Credit: Daniel Olah on Unsplash
De há uns largos meses a esta parte que estou determinada em implementar na minha/nossa vida alguns novos hábitos e comportamentos mais saudáveis e mais sustentáveis. Não basta estarmos muito preocupados com as alterações climáticas se depois, na prática, continuamos a fazer os mesmos erros de sempre. 

E também não vale a pena achar que somos apenas um grão de areia no universo do planeta e que não são os nossos micro gestos que farão a diferença. Porque isso é, literalmente, pensar pequeno e porque cada um de nós (e todos juntos) faz mesmo a diferença.

Obviamente que cá em casa já há muito que temos o hábito da reciclagem enraizado (já nem concebo quem ainda não o tenha), mas isso é apenas uma parte do muito que podemos fazer para diminuir o nosso impacto no planeta. Passo a passo, e sem serem necessários grandes fundamentalismos, podemos passar mais da teoria à prática e reduzir a nossa pegada carbónica.

O passo mais determinante que consegui dar até agora foi ter deixado de comer carne. Quando digo que o fiz, as pessoas perguntam-me sempre se foi por motivos de saúde. Também foi, porque a carne que comemos (e infelizmente a comida em geral) é cada vez mais produzida de forma intensiva e duvidosa, com todo o impacto que isso tem para a nossa saúde. Também o sofrimento associado ao abate dos animais me incomoda cada vez mais. Mas, acima de tudo, o principal motivo que me levou a deixar de comer carne foi o impacto que a agropecuária tem no que diz respeito à emissão de gases com efeito-estufa e pelo facto de ser uma das grandes causas da degradação dos recursos hídricos.

Mas, para além da carne, há ainda muita margem para otimizar hábitos cá de casa. Não tenho a ambição de algum dia chegarmos a ser zero waste mas se pudermos ser less waste já me dou por feliz.

Andava por isso já há algum tempo com ideia de fazer algum investimento de tempo e também de dinheiro para adquirir alguns produtos que nos permitirão reduzir resíduos e trarão (espero) alguma poupança a médio/longo prazo. Decidi, então, finalmente conhecer uma loja que é muito inspiradora para mim mas que ainda só conhecia das redes sociais.

Rumei a Alvalade para conhecer a mercearia Maria Granel e trouxe de lá alguns produtos que já tinha debaixo de olho.



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BEE'S WRAP


Todos os dias temos de mandar para a escola as sandes para o lanche das miúdas que até agora era sempre embrulhado em papel alumínio (o que me fazia bastante confusão...). Decidi por isso substituir este revestimento descartável por dois Sandwich Wraps da Bee's Wrap.

O material é feito de cera de abelha, algodão orgânico, óleo de jojoba orgânico (que conferem propriedades anti-bacterianas) e resina de árvore. O tecido molda-se aos alimentos apenas com o calor das mãos.

Para lavar basta usar água fria (com ou sem sabão suave). Depois é só deixar secar ao ar (seca em minutos) ou com um pano e está pronto para voltar a usar.

O quem mais me entusiasmou foi o facto de que, segundo a marca, podem durar até um ano.

Há vários packs e formatos para todo o tipo de alimentos. Neste caso, o das sandes, tem um botão em madeira e um cordel que permite mais facilmente fechar em formato embalagem.

Podem saber mais aqui.

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                                                  FILTRO DE CARVÃO VEGETAL

A água aqui da terrinha não é grande coisa...Não conseguimos por isso beber água diretamente da torneira. Costumávamos comprar garrafões mas já há um tempo que deixamos de o fazer por causa do plástico e da seca que era ter de carregar com eles.

A solução que tínhamos entretanto adotado foi comprar um daqueles jarros da marca Brita que filtram a água, mas que também não são a solução ideal pois implicam trocar filtros (mais ou menos de mês a mês), que não são baratos e que também são feitos em plástico e, além disso tem de se estar sempre a encher o jarro porque leva pouca água de cada vez.

Por isso resolvi experimentar este filtro de carvão vegetal que dura cerca de seis meses (tem de ser fervido ao fim de 3). Basta encher o recipiente (que pode ser um garrafão para filtrar mais de uma só vez) com água potável e esperar que o carvão filtre as impurezas da água, idealmente durante a noite. Ainda não experimentei porque estou a esgotar os filtros que tinha ainda do jarro antigo.



Para saber mais aqui.

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                                                  COTONETES DE BAMBU


Não deitamos cotonetes na sanita, é claro. 
Mas também não sabemos muito bem onde é que eles vão parar quando os pomos no lixo. Por isso, pelo sim pelo não, resolvi trocar a versão habitual do supermercado por estes feitos com bambu e algodão biológicos. Caixa em cartão. 100% biodegradáveis. Tudo o resto é igual.

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                                                 ESCOVA DE DENTES DE BAMBU

Andamos sempre a trocar de escovas cá em casa. Eu então detesto escovas que já estão a ficar pouco firmes. Resolvi comprar apenas uma para eu experimentar, da marca nacional The Bam & Boo:
  • Cabo biodegradável (e compostável) e naturalmente antibacteriano.
  • Cerdas de nylon (devem ser arrancadas no final, separadas do cabo, colocadas na reciclagem)
  • Embalagem de papel e bioplástico (biodegradável).

 O próximo passo é comprar para o resto da família.

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                                                        COPO MENSTRUAL


Ao que parece, em média, uma mulher usa 11.000 pensos e tampões durante a vida fértil, o que equivale a cerca de 30kg de desperdício, já para não falar do dinheiro gasto e chatices logisticó-higiénicas.

Eu já não vou a tempo de recuperar o impacto entretanto causado, mas posso sempre tentar minimizar o que ainda vou fazer. E então se conseguirmos que esta opção venha a ser adotada pelo mulherio cá de casa, vejam só quando é que não vamos poupar e reduzir, pois aparentemente cada Organic Cup, se bem tratado, dura cerca de 10 anos.

Ainda não experimentei por isso ainda não consigo avaliar se gosto ou não, mas estou bastante curiosa.

Para saber mais aqui.

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                             PRÓXIMAS AQUISIÇÕES JÁ NA LISTA DE COMPRAS

  • Champoo sólido
  • Pasta de dentes orgânica em embalagem de vidro
  • Maquilhagem orgânica
  • Detergente a granel
  • Mais leguminosas, sementes, legumes e fruta a granel
  • Iogurtes em embalagem de vidro

E tu, o que pensas fazer pelo planeta?

Vemo-nos por aqui :D

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Podcasts - aproveitar o tempo "morto" para melhorar o tempo "de vida"


Como referi no meu último post, tenho aproveitado o tempo das viagens de regresso a casa para ouvir podcasts interessante e inspiradores, que me ajudam a desacelerar mas, acima de tudo, que me fazem refletir sobre alguns temas e desafios com que nos deparamos no nosso dia a dia, quer seja a forma como lidamos com o stress, os filhos, o trabalho, os nossos sonhos, valores e objetivos e, em resumo, connosco próprios. 

O objetivo transversal a todos os podcasts que oiço regularmente é promover o desenvolvimento pessoal e contribuir para que nos consigamos tornar na melhor (e mais feliz) versão de nós próprios. 

É importante termos algum tempo para sair do ciclo vicioso do nosso mundinho e ouvir novas abordagens, teorias, constatações e dicas, muitas vezes muito simples, mas que fazem uma grande diferença na forma como encaramos e lidamos com as situações. Mudar de pespetiva e relativizar faz verdadeiros milagres.

Conforme prometido (desculpem a demora) partilho os 3 podcasts de que mais gosto.
Depois diga-me se ouviram algum e acharam interessante.

Nota: para quem não faz puto de ideia o que é um podcast e como pode ouvir, basta espreitar as instruções do Pedro e da Mia, que são válidas para todos. Depois em cada aplicação é ir explorando as playlists, ir ouvindo e seleccionar os que sejam mais interessantes para vocês. Há de tudo, como na farmácia :-)


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A Mia e o Pedro são um casal que partilha as suas conversas sobre temas diversos no campo do desenvolvimento pessoal e da parentalidade consciente e positiva através do podcast Inspiração para uma Vida Mágica (IVM). 
Em alguns episódios estão sozinhos e noutros à conversa com convidados. 

Mia é sueca mas vive em Portugal desde 2001. É coach, practitioner em Programação Neuro Linguística (PNL) e facilitadora Family LAb, certificada em Competências de Relacionamentos, instrutora de Mindfulness e fundadora da Academia de Parentalidade Consciente.

O Pedro é um reconhecido coach, trainer e palestrante, especialista em Coaching, Hipnose e PNL (formação que já tive oportunidade de fazer com ele). É também autor dos livros “O Mágico que não acreditava em Magia”, “Spider – Como definir objetivos irresistíveis” e recentemente “Contos com Coaching – Histórias para Crianças” e “Insight – A semente da mudança”.
Segundo os autores, ao ouvires o podcast IVM vais obter os seguintes benefícios:

Aprender técnicas e estratégias de desenvolvimento pessoal

Ganhar uma nova e poderosa visão sobre a vida

Aceder a bolsas de energia positiva

Relaxar e divertir

Aprofundar a ligação contigo e com os outros
Inspiração para lidar com a vida de forma deliberada e positiva.

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O Officina é o Podcast do projeto Officinalis, da Cláudia Fonseca, 
um projeto pioneiro em portugal e que semanalmente traz conversas muito sinceras e inspiradoras. 

A Cláudia é coach de nutrição holística e o seu foco é promover a saúde das suas clientes como um todo, pois somos aquilo que comemos mas somos muito mais do que isso. O projeto tenta promover novas rotinas e hábitos, escolhas alimentares saudáveis e sustentáveis, foco no auto-cuidado e até mudanças de vida, para aqueles que têm o bichinho do empreendedorismo.

Conheci a Cláudia e o seu projeto através de uma amiga comum, a Inês 3D, que despertou em mim o bichinho de querer adotar um estilo de vida mais saudável, consciente e sustentável. Não só descobri o podcast como o outro projeto querido da Cláudia, o Holística, um programa online de 8 semanas que fiz com a Cláudia e que foi responsável por algumas importantes mudanças na minha vida, como o deixar de comer carne e passar a comer de forma mais saudável e consciente, bem como as práticas regulares de meditação, de que tanto gosto (mas o Holística é muito mais do que isto, por isso terei de dedicar um post só a ele para partilhar essa minha experiência).

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"Em 2009, após enfrentar a morte da mãe e o fim do seu casamento no intervalo de um mês, Joshua Fields leu por acaso um tweet sobre o estilo de vida minimalista. Não sabia ao certo do que se tratava, mas interessou-se pelo tema sob a promessa que poderia ser mais feliz com menos coisas. Em oito meses, reduziu suas posses em 90%.

O seu amigo de longa data, Ryan Nicodemus, notou que Joshua andava mais feliz. Depois de ser demitido de seu emprego e se despedir de uma carreira no mundo corporativo que já não lhe fazia feliz, Ryan seguiu seu exemplo.

Ambos resolveram dedicar a sua vida a promover os benefícios desta filosofia de vida como uma ferramenta que podemos usar para nos livrar do que temos em excesso nas nossas vidas para criar espaço (físico e mental) para aquilo que é essencial — saúde, relacionamentos, paixão, crescimento e contribuição — para encontrarmos felicidade, satisfação e liberdade". 

Para além do podcast, já lançaram vários livros e um documentário que recomendo que vejam para perceber melhor como começou a histórias destes dois. No site deles encontram muitas dicas e ferramentas úteis para "destralhar" as vossas vidas.

Não consigo aplicar no dia a dia tudo aquilo que eles adotaram e promovem, mas sem dúvida que já estou mais perto desse patamar do que há um tempo atrás e espero que na mudança para a casa nova, esse começar do zero, nos ajude a levar este estilo de vida a um outro nível.

Espero que gostem das sugestões. 
Boas "escutas"!

Vemo-nos por aqui :D

sábado, 9 de março de 2019

Assim vai a vida no campo


Faz sete meses que deixámos a cidade e viemos, de "armas e bagagens" (mais bagagens na verdade), para o campo.

Como tinha partilhado no último post, as motivações foram várias, mas acima de tudo o objetivo de ter uma vida mais calma, mais preenchida, mais feliz.

O balanço até agora é sem dúvida positivo, e sei que, à medida que formos fazendo o caminho que temos traçado, ele será cada vez mais compensador.


Tivemos direito a uma receção oficial de boas vindas, ainda andávamos nós em modo de "Querido mudei a casa", entre tintas e caixotes. Foi um gesto muito querido e comovente da família alenquerense, com direito a lagriminha e tudo.

As viagens de ida e volta para Lisboa, que era o tema mais assustador, não têm sido dramáticas. Consigo ir por a Rita todos os dias à escola e demoro cerca de 45 minutos a chegar ao trabalho. De manhã, vou entretida com as palhaçadas das manhãs da Comercial, e à tarde, já mais na fase de descompressão do dia, aproveito a duração da viagem para alguma reflexão e desenvolvimento pessoal, a ouvir os meus podcasts favoritos (depois faço um post só sobre isto).

No final do dia, sabe bem voltar à simplicidade da terrinha. Sinto quase como se fosse uma espécie de amiga, que me recebe com um abracinho reconfortante e uma manta fofinha e um chá quentinho, que me acalma e aquece o coração.

A Rita integrou-se na perfeição na nova escola. Pode agora andar sempre com os primos que adora. Tem novos amigos de quem gosta e que gostam dela. Foi eleita delegada de turma. As notas têm sido boas. Anda na catequese. Já é uma orgulhosa escuteira. Sente-se feliz e preenchida. Não podia pedir mais.

As pequeninas, como já estavam na escola cá de Alenquer, continuam alegres e contentes, agora ainda mais com o priminho mais novo na mesma turma. Já falam com algum sotaque e usam expressões cá da terra. Têm uma casa no pátio. Vão ao parque mais vezes. Dão pão aos vizinhos 
patos. Estão sempre a perguntar "onde vamos hoje?". Já definiram tudo o que querem nos seus quartos novos.

A nossa futura casinha está nos finalmentes da fase do papel, mas já lá vamos para apanhar laranjas e sonhar com os dias em que vamos estar a desfrutar dela e do nosso jardim. As miúdas a brincar livremente. E eu, na cama de rede, a ler um livro ou a dormitar, a ouvir o som dos pássaros e a ver a vista do rio, lá em baixo (suspiro de felicidade...).

O Pedro está literalmente a jogar "em casa", e por isso também feliz obviamente, tirando quando fica com a cabeça em água de aturar as miúdas todo o dia, principalmente quando chego a casa mais tarde.

As coisas são globalmente mais baratas e há por aqui de tudo. É mais fácil tratar de questões logístico-administrativas, porque há sempre menos gente ou conhece-se sempre alguém.

Tenho feito alguma bricolage (depois faço um post também sobre isto) e caminhadas, sozinha ou com as primas, mas parei quando o tempo começou a ficar mau. Sem dúvida que é para retomar ambas, agora que os dias estão a ficar melhores, porque são um bom remédio para o corpo e a mente. 

Os fins de semana agora parecem mais longos, porque começam logo à 6ª feira, muitas vezes com um jantar de primos ou amigos. Fazemos mais coisas e convivemos mais.

E em resumo, são as novidades dos últimos tempos.

É boa a vida no campo, sem dúvida, e recomenda-se. 

Vamo-nos vendo por aqui. :D

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Vídeo »» "Alenquer, um mundo a descobrir às portas de Lisboa!" by CM Alenquer


sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Tempo de mudança


Faz mais de um ano desde o meu último post aqui no blog.

Podia desculpar-me que a minha vida é muito agitada e que a falta de tempo (esse mal dos tempos modernos!) foi a causa desta minha ausência blogosférica. 

Mas como me ensinaram a dizer sempre a verdade, na realidade a culpa foi mesmo da falta de vontade em partilhar as coisas da nossa vida. Há fases assim...de maior introspeção, em que nos apetece conversar e desabafar apenas com os nossos botões. E quando assim é, não vale a pena forçar.

E o que fez dar-se o clique para me apetecer vir aqui hoje conversar, perguntam vocês? 

Aproximam-se tempos de mudança. De grandes mudanças.

Não, não vou mudar de emprego.
Não, não vou abrir  um negócio por conta própria. 
Não, não vou emigrar.
Não, não me vou divorciar.
Não, não estou grávida pela 3ª vez.

Vamos, sim, deixar a vida da cidade e mudar de armas e bagagens para o "campo".

E dizem vocês: "estão malucos ...vão-se arrepender...ou então foram mordidos por um bicharoco qualquer, só pode..."

É verdade. 

Fomos contagiados pela vontade de ser mais felizes, de viver menos stressados, de conviver mais, de fazer as coisas de improviso, de ter espaço para correr e dar piruetas, de ver as estrelas no céu, de sentir a calmaria da natureza, de tratar do nosso jardim e da nossa horta (e há fortes pressões para tratar também de um cão), de poder viajar mais, de desfrutar das coisas boas e simples da vida.

Há 42 anos que moro em Lisboa. 
Nunca conheci outra realidade e sempre achei impensável sair daqui.
Sempre adorei o bairro onde moramos e a nossa casinha, que foi feita à medida do nosso gosto.

Mas há alturas na vida em que os astros parece que mudam de órbita e o universo começa a realinhar-se e a conspirar na direção da mudança.

E connosco foi assim também. 

Várias peças do puzzle se começaram a encaixar, mas o clique inicial deu-se quando começámos a ser desafiados a vender a casa para aproveitar a maré alta do mercado imobiliário.

A isso juntou-se o poder ser uma forma de poupar as pequeninas à longa viagem de ida e volta que faziam todos os dias com o Pedro para a escola em Alenquer.

Outro motivo foi a mais velha ter tido um ano difícil, que gerou o desejo de querer mudar de escola e fazer novos amigos para se livrar dos colegas que nunca conseguiram encaixar com a sua maneira de ser.

Mas acima de tudo, acho que foi termos chegado àquela altura da vida em que começamos a ver as coisas com outros olhos e a valorizar novas coisas em detrimento de outras menos relevantes.

E pesando tudo entre o "deve e o haver", chegámos (bem..cheguei eu, e o Pedro nem queria acreditar no que ouvia...) à conclusão de que todos iriam certamente ficar a ganhar com a mudança (tirando o "pequeno pormenor" que eu terei de fazer o caminho diário rumo à capital para ir para o trabalho). 

Ainda não mudamos (mas já falta muito pouco!) e só o tempo dirá se esta foi ou não uma boa decisão. Mas, para já, estamos confiantes que será.

Li algures que a mudança faz-nos aprender novos caminhos, que nos fazem crescer, permitindo que a vida faça de nós pessoas melhores e de preferência, mais felizes. Ora, então, que assim seja.

Vou dando notícias desta nossa nova aventura e do próximo projeto que será a construção da nova casinha (ufff...só de pensar...).

Vemo-nos por aqui. ;D


quinta-feira, 27 de julho de 2017

All we need is Hygge

Já ouviram falar do hyggeDiz-se por aí que é o segredo dinamarquês para a felicidade.
E quem não quer ser feliz? Eu cá quero. Por isso, quando dei de caras com este livro num escaparate de uma livraria, tratei logo de o comprar.
O hygge (que em dinamarquês se pronuncia “huga”), não é mais do que uma filosofia de "boa vida" ou, diria antes, de vida vivida de forma simples mas com os sentidos bem despertos, o que nos traz sentimentos de aconchego, de tranquilidade, calma e segurança, que geralmente ficam marcados na nossa memória.

O autor do livro é Meik Wiking, o dinamarquês que é o CEO do Happiness Research Institute. Ora, se é malta que passa a vida a investigar o que torna as pessoas felizes, pareceu-me motivo mais do que suficiente para lhes dedicar a minha atenção.

O livro não é nenhum romance ou coisa técnica massuda. É um guia muito levezinho, com um design bem apelativo, de fácil e rápida leitura, com vários exemplos de como o hygge se pode materializar no nosso dia a dia.

E ele pode estar presente em quase tudo na nossa vida, desde a decoração da nossa casa, ao convívio com os amigos, às festividades passadas com a família, aos prazeres de uma boa mesa e até aos nossos ambientes de trabalho.

E não é preciso complicar nem gastar muito dinheiro para conseguir atingir estes estágios de felicidade. Neste caso também se aplica a máxima “menos é mais”. A ideia é mesmo manter as coisas simples, de preferência naturais e orgânicas, mas também um pouco “decadentes” e acima de tudo, reconfortantes, principalmente no que toca à comidinha (“o que é doce nunca amargou” já dizia a minha avó…).

Eu cá não preciso de muito: tragam-me um bolinho a acompanhar com um chá quentinho, um sofá fofinho e uma manta para me enroscar a ver um belo filme enquanto a chuva cai lá fora e vão ver uma mulher feliz :D

Deixo-vos esta sugestão de leitura e o desafio de nela buscarem inspiração para criarem momentos hygge nas vossas vidas. E "façam o favor de ser felizes" (já dizia o outro senhor) porque parece que, afinal, até nem custa assim tanto.

Vemo-nos por aqui.

sábado, 4 de março de 2017

Programas culturais a 5

Desde que as gémeas nasceram que não é fácil a logística de sair de casa aos fins de semana. Sempre que conseguimos a proeza de estar na rua antes das 4h da tarde, eu e o Pedro lançamos foguetes (!) em jeito de brincadeira.

Tentamos sempre encontrar programas compatíveis com as limitações das pequeninas e os (exigentes) 11 anos da mais velha, que já é muito difícil de contentar e começa logo a queixar-se de que é "seca e/ou para bebés".

Costumo procurar ideias no portal Estrelas e Ouriços. É bastante útil porque dá para pesquisar por região, datas e idades. Geralmente encontro sempre uma sugestão que me agrade.

Nos últimos fins de semana conseguimos concretizar alguns programinhas mais "culturalódidáticos" que agradaram a miúdas e graúdos (que é o que se quer). Neste post vou falar-vos da Exposição Tutankamon - Tesouros do Egipto.
    
A exposição é uma reprodução, à escala real, do Túmulo de Tutankamon, tal como foi encontrado, em 1922, pelo arqueólogo Howard Carter, no Vale dos Reis, no Egipto. Está patente até 1/5, no Pavilhão de Portugal, das 10h-18h (Sábados da 10h-20h). Nós os 5 pagamos 30 euros por um bilhete família. Não é dos programas mais baratos mas vale a pena o investimento por um pouco de cultura histórica (clique aqui para saber mais).

Tutankamon, foi um faraó egípcio que morreu na sua adolescência, e era o filho e genro do rei Akenaton, que instituiu o culto ao deus do sol. A sua câmara funerária, apesar de aparentemente mais modesta que a de outros faraós mais "séniores", foi encontrada quase intacta e nela descobertos os sarcófagos, tesouros e pertences do jovem rei, peças de um valor incalculável que integraram o espólio do Museu do Cairo.

No início da exposição assistimos a um documentário com um conjunto das fotos originais tiradas durante o processo da descoberta do túmulo e nos anos seguintes que levaram até terminar a transladação e catalogação de todas as peças encontradas.



Apesar de sabermos que são apenas réplicas, pelo facto de termos as fotos reais do túmulo para ajudar a construir o quadro mental, somos remetidos para um ambiente um pouco cinematográfico, à la Indiana Jones, que cria uma aura misteriosa. Se a nós arrepia um pouco imaginem o nervoso miudinho que deve ter vivido o arqueólogo e a sua equipa, ainda para mais com o peso da maldição que parece que caiu sobre os que ousaram profanar o descanso eterno do rei (spooky...).


Balanço:
  • A Rita simplesmente AMOU ("Mamã: foi a melhor exposição de sempre!") o que é coisa de registo já que tudo o que não tenha coisas interativas (como é o caso) geralmente leva nota negativa. 
  • A Maria dormiu a maior parte do tempo e a Marta lá andou a ver as vistas no carrinho, sem chatear muito (o que também é muito positivo).
  • Eu e o Pedro também gostámos bastante. Confesso que desde o meu 7º ano, em que tive um livro de História com a famosa máscara mortuária de ouro na capa, que sempre senti um fascínio por este faraó...
Recomendo portanto.

Vemo-nos por aqui :D

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

DIY - Estojo K7 Vintage

Uma das resoluções de 2017 foi "fazer mais projetos com a Ritinha".

Ela adora estes nossos momentos "mãe e filha", como já aqui referi. Além disso, é tempo de qualidade que passamos juntas a fazer alguma coisa útil e divertida e a puxar pela nossa veia artística. E, acima de tudo, sempre é menos tempo que ela passa agarrada ao tablet ou ao telemóvel.

Recentemente descobrimos um novo canal de Youtube com muitas ideias giras para as miúdas, chamado "Manualidades apasos". A apresentadora deve ser de um país da América latina mas como fala tão "despacio" é muito fácil perceber tudo. Vendo os vídeos até parece tudo muito fácil e rápido, mas depois na concretização a coisa complica um bocadinho...

De qualquer forma, como ficámos rendidas ao estojo em formato cassete, resolvemos arriscar e lá fomos à loja chinesa comprar os materiais necessários, neste caso a goma EVA e velcro. O resto já tínhamos cá por casa.

Não me vou alongar na descrição das etapas do projeto porque o tutorial tem todos os passos muito bem explicadinhos. Abaixo podem ver algumas das fases e o nosso resultado final.
Balanço:

  • Alguns dedos queimados com a cola quente e alguns nervos à mistura porque a cola seca muito rápido, o que não permite reposicionar o material quando não fica bem à primeira. Este não é um material fácil de trabalhar mas para uma melhor aderência da EVA é melhor do que cola líquida;
  • Demorámos cerca de 4 horas (repartidas por 2 dias);
  • O resultado final não ficou perfeito mas aprendemos alguns truques que nos permitirão certamente um melhor resultado para a próxima.

Próximos DIY do mesmo canal que a Rita já tem debaixo de olho:
- outro estojo, mas desta vez em forma de câmara Polaroid/Instagram;
- um organizador de secretária.

Estes não devem ser pêra doce por isso o melhor é prever mais umas horinhas dedicadas "à causa".

Espero que gostem e se tenham sentido tentadas/os a arriscar uma bricolage e a fazer feliz a malta pequena aí de casa. Olhem que vale a pena!

Vemo-nos por aqui :D

domingo, 15 de janeiro de 2017

Programinha familiar campestre

Antes de mais um SUPER 2017 para todos! (já tinha saudades vossas...)

Uma das minhas (muitas) resoluções de ano novo foi fazer mais programas em família. 
É algo frequentemente reivindicado pela Rita e como as twins agora já estão mais crescidinhas, a logística das saídas começa a ser um bocadinho menos penosa, por isso estou determinada a organizar-me nesse sentido.

Não é fácil arranjar programas que consigamos fazer os 5  em simultâneo, porque nem tudo agrada "a gregos e a troianos", que é como quem diz, habitualmente o que é bom para as pequeninas, que têm 2 anos e meio, não é muito do agrado da Rita, que já vai fazer 11 anos este mês ("ah...isso é para bebés!..."). O inverso também se verifica, uma vez que alguns dos programas de eleição da pré-adolescente não dão para crianças tão pequenas e lá tem a família de ficar dividida, o que evitamos.

Na semana passada, numa das minhas deambulações pelo Facebook, através de uma interação de uma amiga, dei de caras com um post de um perfil chamado "Cantinho dos Póneis". Como ando sempre à procura de ideias para programas familiares chamou-me a atenção.

Através do perfil do facebook descobri que também têm um site com muitas fotos e toda a informação sobre o que é possível conhecer e fazer na quinta.

Trata-se então de uma pequena quinta pedagógica situada em Sintra (Terrugem) com vários espécimes de raça anã (acho que é assim que se designa...), e que permite às crianças e adultos interagir com os animais e assim ficar a conhecê-los um pouco melhor, com especial destaque para os adoráveis póneis que são as estrelas da quinta.
Créditos Fotos: Cantinho dos Póneis
Fiquei com curiosidade em conhecer e percebi que uma das atividades que têm disponíveis são os programas familiares que incluem:

  • Interação com o pónei + explicação simples de alguns aspetos do animal, equipamento e como se como se trata dele
  • Passeio de pónei - no nosso caso foram apenas algumas voltinhas num pequeno picadeiro
  • Visitar a quinta e conhecer os outros animais: dromedário, alpaca, ovelhas, cabras, porcos e coelhos anões e seus bebés , porquinho da índia, patos ,galinhas, gatos, etc.)
  • Alimentar os animais à mão (as miúdas adoraram especialmente a Marta que ficou, literalmente "lambidinha da vaca" lol)
  • Brincar com os novos bebés (não se proporcionou, no nosso caso)
  • Dar biberão aos animais (no nosso caso foi apenas a senhora da quinta que deu, porque a ovelha era bem grande).

A atividade dura cerca de 1,5h e o preço é de 15€ por criança (os pais não pagam e no nosso caso fizeram um desconto por sermos uma família numerosa :-). Programa apenas c/marcação prévia (datas/horas no facebook). A atividade é feita em conjunto com as outras famílias que marquem para a mesma hora, mas não chateia nada.

Em complemento aos programas familiares também organizam atividades para escolas e festas de aniversário. Para esse efeito tem 3 adoráveis salinhas, com distintas características e decoração temática, disponíveis para aluguer. 

O tempo estava soalheiro, o que ajudou ao programa. As miúdas adoraram (incluindo a mais velha), nós também e como achámos as salinhas e o pessoal da quinta tão simpático, já reservamos para a festa de aniversário das pequeninas, que sendo no verão deve ainda tornar tudo mais especial.

Fica a dica para conhecerem, principalmente quem tem miúdos pequenos.

Vemo-nos por aqui :D

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Já tinha saudades...

Este fim de semana foi de festa e o casamento de um primo fez os astros alinharem-se a nosso favor.

Uns amigos nossos (grandes malucos! graças a Deus!) ofereceram-se para ficar com as três miúdas para nós podermos ir aproveitar para nos divertir, sem ter de acartar com os piolhos pequeninos e assim conseguir ter um bocadinho de paz e sossego a dois... já nem me lembro bem de quando foi a última vez que fomos passar uma noite fora só nós...não quero errar, ia jurar que a Rita devia ter praí uns 3 ou 4 anos...(considerando que ela vai a caminho dos 11 não está mau...).

Como o casamento era em Alcobaça, achei que era muito pouco simpático ter de voltar para Lisboa às tantas da madrugada, por isso andei a investigar o que havia de alojamento nas redondezas. 

Das diversas opções que descobri, duas encheram-me mais o olho por serem mais o nosso género de hotel, com uma decoração moderna e acolhedora e algumas valências de spa, porque também me apetecia para um relax extra. A primeira opção, o Your Hotel & Spa era mais em conta, mas infelizmente já cheguei tarde demais para fazer a reserva e já não tinham vagas (fica em carteira para a próxima).

Acabámos por optar pelo Vale d'Azenha Hotel Rural & Residences, que embora sendo um pouco mais caro, acabámos por achar que tinha uma boa relação qualidade/preço. 

O Hotel é relativamente recente e é bastante agradável. Está situado no cimo de um monte, o que faz com que tenha uma envolvente campestre meio zen. Os quartos são bem grandes e muito confortáveis. O pequeno almoço também é bem composto e o preço inclui o acesso ao spa (sauna e jacuzzi). Tem uma boa piscina mas é exterior e o tempo já não está para essas aventuras, pelo que nem deu para molhar o pézinho.
Só ficámos uma noite mas já deu para aproveitar, dormir até tarde, comer bem, namorar e passear. E acima de tudo, ter um pouco de paz e sossego para por a conversa em dia.

Recomendo portanto a quem queira ir passar o fim de semana ao Oeste (eles têm uma promoção de 3 noites pelo preço de 2). Alcobaça é a terra do meu pai (o motivo pelo qual eu me chamo Inês) e por isso está também no meu coração. Se forem para esses lados e gostarem de comer bem recomendo ainda o restaurante António Padeiro, que é de uns primos meus da parte da família paterna. Já não vou lá há uns anos valentes e já tenho saudades....Fica para a próxima visita.

Note to self: não deixar passar tanto tempo até repetir a experiência. Também merecemos uns mimos destes de vez em quando...

Vemo-nos por aqui :D

Bora lá passar da teoria à prática

Photo Credit: Daniel Olah on Unsplash De há uns  largos  meses a esta parte que estou determinada em implementar na minha/nossa vida alg...